12/07/2010

FASCITE X ESPORÃO

Boa parte das doenças que afetam ossos, cartilagens e ligamentos aparecem somente com o passar do tempo. Existem também as que atacam pessoas jovens, saudáveis e que, por incrível que pareça, praticam exercícios físicos.
A Fascite é uma dessas doenças, a inflamação da fascia plantar, um ligamento que se estende por toda sola do pé.
Comum entre os jovens, incomoda muito maratonistas de longa distância.
Uma das formas de evitar que a inflamação apareça é não exagerar nos treinos.
Quando diagnosticada em até seis meses, a Fascite pode ser totalmente curada em mais de 90% dos casos.
Especialistas recomendam o repouso como a melhor forma de curar a inflamação na sola dos pés. Além de afetar corredores, a inflamação pode surgir em pessoas que têm o pé cavo (sola bastante arqueada), em quem está acima do peso ou ganhou quilos muito rapidamente.
A maior parte dos casos de Fascite é tratada com alongamentos. Em situações extremas, aplica-se uma injeção de cortisona no ligamento. Se não funcionar, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia, o que ocorre em raríssimos casos.
Confundida também com a doença do Esporão por ter praticamente os mesmos sintomas, a Fascite é provocada por micro traumas na parte de baixo do pé. O Esporão é uma calcificação no calcanhar, uma saliência do osso que pode provocar a dor, e não há muito como evita-la. O problema maior é que quase 50% da população têm saliência óssea natural na região do calcanhar, o que não significa que a pessoa tem Esporão.
O tratamento para o Esporão inclui fisioterapia analgésica e uso de calçados com acolchoamento no calcanhar. Se as dores persistirem, o médico pode recomendar uma cirurgia para raspagem da saliência óssea.
Emagrecer, corrigir com palmilhas a deformidade dos pés (planos, cavos), fazer exercícios corretos (alongamentos), corrigir os calçados (evitar sapatilhas, evitar ficar descalço), procurando-se um calçado com amortecedor no calcanhar e que preferencialmente tenha algum salto, auxiliam positivamente no tratamento.

04/07/2010

PÉ E CALÇADO

A escolha do calçado adequado é muito importante para a saúde dos pés e para o bem-estar físico do ser humano em geral. O calçado inadequado é uma das principais causas de dores nos pés, e o principal responsável pela má postura, entorses e lesões que não se limitam apenas ao membro inferior.
As mulheres têm 4 vezes mais problemas nos pés do que os homens, devido ao calçado inadequado e principalmente, devido ao uso de saltos altos e bicos finos.
É errado pensar que podemos comprar um sapato que está justo ou um pouco apertado porque passado uns dias já alargou.
O fato de ter alargado com a ajuda do pé, significa que o pé esteve comprimido, apertado e em esforço dentro do sapato. O mais certo é ter provocado dor ou incomodo, o que já não é bom, mas o pior é que certamente provocou alterações ou deformações osteo-articulares e/ou musculo-ligamentares que por vezes não são imediatamente visíveis, mas que no futuro podem ter conseqüências devastadoras para o pé, como os joanetes, os dedos em garra, e os calos ou calosidades, entre outras.
Na realidade um objeto estático como é o sapato nunca pode adaptar-se na perfeição a um órgão dinâmico como é o pé. Isto resulta numa relação de compromisso com os inevitáveis conflitos que qualquer solução de compromisso acarreta.
O tamanho do salto apropriado e indicado para quase todos os adultos é de 2 a 3 cm, uma vez que contribui para a adaptação do pé ao solo artificial e nada ergonômico dos nossos dias.
Sapatos, meias, palmilhas, protetores, devem respeitar a biomecânica do pé, favorecer e permitir o arejamento cutâneo, não impedir a liberdade dos dedos, evitar o deslizamento do pé para a frente e a estabilidade transversal do pé, evitando desequilíbrios e instabilidade do pé.
Evite também usar o mesmo calçados todos os dias, mantendo assim uma variação de atritos e pressões nos pés.
E não esqueça: O sapato adapta-se ao pé e não é o pé que se adapta ao sapato.